Nação das Ovelhas

Com o grande experimento sociológico empregado pela Tv, percebeu-se o quanto de existe de corrupção pelo País. Não importa o quão pequena seja a comunidade ou quanto esteja afastada dos grandes centros da “civilização; até mesmo em lugares em que o índice de animais é maior do que o ser humano, podemos encontrar o discurso “ Nós queremos menos corrupção, mais educação, empregos, infraestrutura e moradia” (ênfase no “corrupção”).

No entanto, se também fosse possível realizar o mesmo experimento, mas, agora, perguntando para cada um os métodos ou meios que utilizariam para afastar todos esses erros, a massa ficaria sem palavras porque está acostumada em que outros tomem as rédeas da própria vida. Quer dizer, alguns até arriscariam afirmar que basta retirar aqueles que já estão no poder, colocando gente honesta, mas não foge muito do que disse acima: Somos dependentes.

Não é uma dependência proveitosa, onde todos desempenham à função que lhe cabe, ao contrário, é uma dependência que implica em ser ordenado, comandado, permitir ser colocado em situações precárias e aceitar esse fado; viver às cegas, chutando o vento na esperança (maldita herança humana) de atingir um objetivo que nem ao menos conseguimos definir.

Vejam, não conseguimos nem ao menos nos livrar de instintos animalescos que nos levam a tomar certas atitudes prejudiciais e grotescas (sempre apontamos os dedos para outrem ou falamos “não sei o que estava pensando quando cometi aquilo ou faz parte da minha natureza. Me perdoem...”), quiçá administrar ou instituir meios e métodos para equilibrar a sociedade. Por sinal, “ Governo” significa uma coordenação harmoniosa entre os mais variados níveis de intelecto e interesses próprios dentro de um mesmo espaço.

Sendo assim, como pessoas que nem ao menos conseguem entender o que se passa dentro de si, pode outorgar poderes para que outra pessoa tome atitudes que influenciaram diretamente suas vidas ou indiretamente na medida que mantem o status quo que buscamos modificar? De que maneira estamos aptos a escolher alguém, sem que nem entendemos como funciona o própria sistema em que estamos inseridos?

A corrupção não me espanta dentro da Democracia porque quem administra esse sistema é justamente a mesma pessoa que está propensa à influencias animalescas das quais todos deveriam superar ou observo errado? Porém, se todos somos tacanhos e não entendemos absolutamente nada do que se passa ao nosso redor (não estou desconsiderando a ideia inicial e parca de justiça, bondade, equidade que nasce conosco e que não buscamos desenvolver); acreditamos que esse tipo de pessoa que simplesmente aprendeu os mecanismos de manipulação; então sempre estaremos propensos para sermos comandados para realizar diversas coisas que nos sãos prejudiciais.

Uma delas é exatamente esse consumismo desenfreado que implica nessa gama de problemas ligados à violência (não se rouba mais por um prato de comida, haha, muito pelo contrário, roubamos para obter um celular que daqui há seis meses será substituído, tornando-se velharia ou ultrapassado).

A questão que será posta à prova nessas eleições não paira sobre quais medidas são mais adequadas, mas, simplesmente, qual massa populacional foi melhor adestrada (seja pelo medo de que o outro assuma o poder ou, de forma indireta, comandar o restante da população através de seu viés autoritário).

Por fim, para aqueles que se encontram perdidos nesse meio, desiludidos com o que acontece a sua volta; não compreendo como as pessoas podem ser tão tacanhas e dependentes, entenda: A sua evolução é a única coisa que importa.

Mesmo que em nossa cabeça passe esse tipo de pensamento de que “Se tivesse nascido em outra época, em outro lugar ou que as condições fossem mais favoráveis, as coisas seriam diferentes”, peço para que fuja disso e busque simplesmente a pessoa que imaginou nessas condições.

Afirmo para vocês, que não existe prazeres ou dores maiores do que se enxergar como essência de si mesmo. Mas, esse caminho, essa decisão, cabe inteiramente à você sendo uma das poucas coisas no mundo que afirmo ser inteiramente livre.