rEVOLUÇÃO final (?)
- Victor Câmara
- 27 de out. de 2017
- 1 min de leitura
Sou a revolução encarnada que vigora e arremata. A chama e seu espírito; o brado insaciável por vingança que não clama, mas aniquila e subcria-se em silêncio.
Sou as labaredas que devoram à tudo e a todos, tornando-os em cinzas celestiais que se formarão em criadores fenixiais. O último passo para o que seria um último abismo.
Sou o anjo destruidor detestável, que desloca-se nas horas de vigília da noite, assombrando as escuridões do dia. Sou o rosto de carne e vísceras por detrás dessa máscaras frias que, usadas diariamente, faz esquecerdes de quem tu és. E por baixo dessas estupendas artificialidades, queimo com ardor insaciável e invisível.
Sou o "R" antes da evolução; aquele que avoluma e também os queima com grande combustão, derretendo essas paredes de gele que considero ilusão.

Sou a reação oposta com igual medida de poder; a sombra que nasce assim que saímos do ventre e começamos à ver. Indissociável, insolúvel, incansável, eu sou.
Sou aquele que Imputa medo ao próprio medo, com meu porrete amargo; Aquele que incuta perspectivas sobre essa insensível e opaca noção de realidade, dita aprimorada.
Sou a cura de todos seu ardil e, de mim, não há escapatória. O guia, a estrela d’alva das noites mais turbulentas e pavorosas.
Estou acolá e por dentro, ao lado e no centro. Por detrás e à frente, nesse emaranhado que tu chama de turbulento.
Sou, como disse, a Revolução Encarnada e fora de mim, não há nada.
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