Uma semente chamada esperança.
- Victor Câmara
- 1 de set. de 2017
- 1 min de leitura

Ah! Sementes da esperança, sempre constantes.
Sementes que voam pelos quatro ventos com promessas de mudanças
E caem sobre esse campo (in)fértil.
(in)Fertilizado por belos adubos de medo,
ódio, humildade vingativa.
Regadas com expectativas e angústias da espera.
Aradas com tristezas do futuro e
Ressentimentos do passado.
Aqui, nesse solo, aguardamos que fecundem e gerem Grandes Árvores!
Que seus frutos modifiquem essa paisagem desértica.
Eis a promessa! Eis a promessa que nunca chega!
Ou chega?
Talvez essa simbiose gere o oposto do esperado.
Ah! Sementes da esperança... Veneno semeado,
transportado por uma sociedade
doente e cansada.
Cansada de agir e mais cansada de esperar.
Que guarda os resquícios de energia para velar
esse solo, e aguardar o por vir.
Aguardar o novo sopro de semente.
Esperança é a última que morre? Claro! É a única que nunca chega.
Ou chega?
Talvez essa Grande Árvore não aparente o que esperamos.
Fruto que imaginamos ser diferente.
Fruto que nunca aparece,
não chega.
Aqui, aguardo que o presente do futuro seja melhor do que o agora.
Ah! Sementes da esperança!
Erva daninha trasvestida de bonança! Que (in)fertiliza ainda mais esse solo.
Não! Afasta-se de mim, vento maldito! Leve para si tais sementes esperançosas.
E sobre essa Grande Árvore,
passe o machado.
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